PROJETO FAMÍLIA
Objetivo: Promover diversas reflexões sobre o papel da família na sociedade e as relações históricas e transformações pelas quais as famílias vêm passando. Quais são os novos modelos de famílias? Essas mudanças são boas ou ruins?
Texto: “Em sua família há harmonia?”
Independente do tipo ou modelo de família: tradicional, pais separados, mãe sem cônjuge, padrasto, madrasta; o mais importante é que haja harmonia. É fundamental no relacionamento familiar que o respeito, o amor e o diálogo estejam sempre presentes.
Toda família tem seus momentos de crise e discussões, mas o respeito deve ser preservado. Quando o desrespeito entre os membros da família se torna comum, fazendo parte do cotidiano, algo precisa ser feito. A ajuda de uma pessoa mais ponderada, talvez parente mais próximo ou profissional especialista, um psicólogo, por exemplo, poderão ajudar . Ou, os próprios envolvidos se conscientizarem, levantarem a bandeira da paz, assumirem seus erros e falhas e tentarem reconstruir um ambiente familiar com mais harmonia.
A falta de respeito entre as pessoas do lar está destruindo muitas famílias, as cicatrizes deixadas pelas brigas, chingamentos, falta de diálogo e carinho podem ser irrecuperáveis.
Quando o ódio e a raiva agem mais do que o bom senso e a razão (inteligência) o resultado será a violência.
Prof. Ronaldo José da Silva
Atividades
1- O autor do texto diz que só o modelo de família tradicional tem chance de ser feliz e viver em harmonia? Justifique.
2- Por que em muitas famílias a violência faz parte do cotidiano? Quais são as conseqüências?
3- Que propostas o autor cita para tentar resolver ou amenizar a relação de violência que se tornou cotidiano em muitas famílias?
OBS.: Fazer pesquisa entre os alunos da sala (Quantos vivem só com a mãe ou com o pai? Quantos tem irmãos com pais ou mães diferentes? Quantos vivem com pais separados? Quantos não moram com os pais biológicos?)
REFLEXÃO:
• “Ainda de acordo com o IBGE o modelo de família tradicional vem diminuindo enquanto os outros modelos de famílias vêm aumentando”.
• Sugestão: Relacionar a urbanização com as mudanças de comportamentos da sociedade.
Texto: Princípios – valores e os jovens da periferia.
Nas periferias uma grande parcela dos jovens adere ao modismo do mundo do crime, incorporam valores, atitudes e hábitos que se distanciam dos valores defendidos pela escola e pela família. Esta situação provoca uma relação de conflitos (desentendimentos, discussões, brigas, inimizades, separações). Valorizam o que é errado no senso comum ou quem pratica coisas erradas.
É muito comum entre esses jovens valorizar o colega ou a colega que responde ou satiriza professores, como se fosse uma atitude correta. Jovens que cometem infrações graves e tiveram que ser internados em Fundações, quando saem desses estabelecimentos são exaltados pelos colegas, como se fosse algo positivo, uma promoção. Valores reproduzidos pelo mundo do crime. Ao invés da internação funcionar como uma medida de reflexão, arrependimento e mudança de comportamento, ocorre muitas vezes o contrário.
Supervalorizam atitudes do mundo crime, falam de acordo com suas gírias, palavrões; desvalorizando aqueles que têm boas condutas (estudam, tem boa educação, respeitam pais, professores, falam corretamente, tem bons hábitos). Nos últimos anos estamos observando um grande número de músicas produzidas com os mesmos objetivos: fazer apologia ao crime, estimular a violência, desvalorizando a mulher, reduzindo-a como objeto sexual; fazendo autopropaganda do uso de drogas, entre outros. Músicas que são incorporadas ao cotidiano e cultura de muitos jovens, principalmente da periferia.
Não poderia deixar de citar o papel de uma parcela da mídia (rádio, TV, internet) que muitas vezes reproduzem essa cultura através de suas programações. Podemos citar o programa “Pânico na TV”, um dos mais assistidos pelos jovens, onde ridicularizar ou menosprezar o outro é um de seus principais atrativos; também exploram de forma negativa a exposição da mulher (desprovidas de inteligência, onde o importante é apenas expor a sexualidade).
Enfim, quais são as conseqüências deste contexto cultural negativo no desenvolvimento de nossos jovens?
- Tornam-se pessoas egoístas, insensíveis, não se preocupam com o próximo, desvalorizar ou ridicularizar é mais legal do que elogiar ou reconhecer as boas qualidades do outro.
- Descaso para com os estudos; para que estudar, se para traficar ou roubar não exigem estudos; ou, meus pais me dão o que preciso (comodismo).
- Uma visão e prática que não constroem, não ajudam no desenvolvimento e preparação para o futuro. O errado é certo e o certo é errado. Inversão de valores. Ouvir os conselhos dos mais velhos para quê, se eu e meus amigos temos as mesmas opiniões!...
O que está faltando nas famílias e na sociedade para mudar este contexto? Para que esses jovens percebam que essas atitudes não contribuem para a vida, pelo contrário, trazem mais violência!...
Prof. Ronaldo José da Silva
FILME: O Contador de histórias (Nacional)
Este filme proporciona ao educador levantar vários questionamentos em relação ao papel da
família, da sociedade e do governo quanto a responsabilidade no desenvolvimento de nossos jovens.
O Contador de histórias.
Algumas histórias nascem para nos ensinar como realmente devemos viver.
O contador de histórias relata a trajetória de Roberto Carlos Ramos, um menino cheio de imaginação que, nos anos 70, é deixado pela mãe em uma entidade assistencial recém criada pelo governo. Aos treze anos, após incontáveis fugas, ele é classificado como “irrecuperável” nas palavras da diretora da entidade. Contudo, para a pedagoga Francesa Margherit
Duvas (Maria de Medeiros), que vem ao Brasil para o desenvolvimento de uma pesquisa , Roberto representa um desafio.
Determinada a fazer do menino o objeto de seu estudo, ela tenta se aproximar dele. O que surge entre os dois é uma relação de amizade e ternura, que porá em xeque a descrença de Roberto em seu futuro e desafiará Margherit a manter suas convicções.
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